Os casamentos marroquinos geralmente acontece aos domingos, ou em finais de safra, quando há muitos alimentos para a festa. O vestido da noiva atrai muita atenção, ela chega sentada em um trono carregado por outras pessoas. Há muita cor, e o amarelo não pode faltar pois segundo a crença deles, espanta o mau olhado e o verde que traz boa sorte.
Os noivos ficam com as mãos e pés pintados de henna. Casamentos marroquinos podem durar até sete dias. Os três primeiros dias são os preparativos da festa. No quarto dia, um sheik une o casal. No quinto e sexto dias é a vez dos outros partidos. No sétimo, a noiva se apresenta para os amigos e familiares e, em seguida é colocada nos braços de seu noivo, sinalizando o fim da cerimônia. A partida do casal é destacada por um banho de figos e passas.
Para os convidados é servido peixe e frango. Os hóspedes também podem provar o tajine, um guisado de frango misturado com amêndoas, damasco e outras especiarias que são servidas com pão, e muitas dessas amêndoas doces cobertas, que são considerados afrodisíacos.
Para animar a festa com algumas dançarinas do ventre que estão encarregadas de apresentarem a noiva e o noivo aos convidados ao som de tambores e um instrumento de cordas chamado de cítara.
O casamento chega a ser cansativo, mas as noivas marroquinas não podem reclamar, pois preparação para o casório envolve massagens e banhos de leite para se purificar para a grande semana.
Mevlana, grande filósofo, foi o fundador da seita
místico-religiosa dos Dervixes Dançantes que ainda hoje constitui uma das mais
altas expressões do folclore e da tradição turca.
É uma cerimônia de dança-meditação, que consiste em uma dança masculina girando no sentido anti- horário usando um chapéu que parece um grande dedal e acompanhada por música de tambores e flautas.
Os dervixes vestidos com
túnicas brancas cobertas de capas negras giram ao redor da sala por três vezes;
os três giros representam as três causas que levam a Deus: a via da ciência, a
via da Intuição e a via do Amor. Lentamente começam a girar a mão direita
levantada com a palma virada para o céu para receberem a Graça; a mão esquerda
mais baixa e com a palma virada para o chão para transmitir essa Graça ao mundo
e a União com a Realidade Suprema.
Os dançarinos giram em torno do
próprio eixo, simbolizando a ascendência espiritual para a verdade, acompanhados
pelo amor e liberados do ego. Os giros quase em estado de transe dos homens
transmitem uma experiência mística para o espectador.
Podem ser chamados de: Dervixes Dançantes, Mevleví ou
Rodopiantes que foi fundada pelos discípulos do grande poeta Sufí Jalal al-Din
Muhammad Rumi no século XIII, na cidade turca de Konya. A palavra dervixe vem
do persa e significa mendigo, ou mendigo religioso, se refere a um muçulmano asceta que foi praticante
da renúncia do prazer e satisfação de algumas necessidades primárias, com o fim
de atingir a iluminação espiritual, do segmento sufista – tendência exotérica e
mística do Islã. Um dervixe é um monge muçulmano, que geralmente leva uma vida
nômade de sacrifícios, fazendo votos de pobreza, humildade e castidade, vivendo
de esmolas.
Os dançarinos alcançam o êxtase
místico (uaÿd) em virtude da dança (“sema”), símbolo da dança dos
planetas, é a oração em movimento, em que os fiéis podem girar por horas
entrando em êxtase profundo, pois acredita-se que os liberta da dor da vida
diária, purificando a alma e a enchendo com amor. No Oriente Médio acredita-se
que quando eles estão nesse êxtase o corpo deles fica aberto para receber a
energia divina, sendo assim os sultões turcos sempre consultavam os Dervixes em
tempos difíceis, pois a dança gerava um
efeito relaxante e hipnótico no qual os sultões podiam buscar orientações.
A Sema, com a cerimônia de
Mevlevi foi proclamada em 2005 e registrada em 2008 na Lista Representativa do
Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade da Unesco.
Durante essa cerimônia
acredita-se que o poder divino entra pela palma da mão direita do dervixe,
apontada para cima, passa pelo corpo e sai pela palma da mão esquerda, apontada
para baixo, em direção à terra. Eles não retém o poder nem o direciona, apenas
aceitam que é o instrumento de Deus.
O centro de sua religião era a
cidade de Konya , na Turquia, que atualmente abriga os restos mortais de
Mevlana Celalettin Rumi, poeta místico e de seu filho Sultão Veled, em uma
mesquita que foi convertida em museu o Tekke de Mevlana, antigo convento dos
Dervixes Dançantes.
A ordem Mevlevi foi banida na Turquia por Kemal Ataturk em 1923, mas por volta de 1950 o governo percebeu que a dança dervixe era uma atração turística e permitiu a volta da realização da cerimônia dos dervixes em Konya, no aniversário da morte de Rumi.
Se tornando uma atração
turística, hoje os dervixes se apresentam regularmente em alguns locais,
incluindo festivais de música no estrangeiro.
Existem várias cerimônias de
sufis, com características distintas entre si, mas sempre tendo por crença o
crescimento interior como forma de integração com o Criador. Dizem que,
enquanto um islâmico comum pode orar a Deus por obrigação, o sufi tem por
objetivo unir-se a Ele.